10.8.12

A ousadia move o Mundo

Beethoven, desde o inicio da carreira, vivia criando grandes obras da música clássica — mesmo que ainda nem fossem. Com isso ele desenvolvia suas próprias técnicas, geralmente geniais. Aliás, se ficasse apenas copiando as composições alheias, jamais teria sido um grande artista. No máximo, ao fim da vida, seria só um zé-ninguém. Ou um pianistazinho de boteco, no subúrbio de Viena.


Tem gente que esclarece o objeto. Eu prefiro iluminar o sujeito.


Acabo de formalizar a criação da EMc³ — Edson Marques Consultoria³. Porque não me basta ser apenas um poeta zen. Eu quero também criar paredes tão bonitas que pareçam indecentes. Eu adoro arquitetura, e sou discípulo do Calatrava. E também adoro o jogo das empresas. Sei fazê-las crescer. Foi por isso que criei a Xtratego Ferment. Mais alguns detalhes na minha página de ideias. Afinal, sou um Vendedor de Imaginação.


A ousadia inteligente move o mundo.


Resumindo — eu posso dizer que, na vida, são quatro as questões fundamentais:
O que sou.
O que posso saber.
O que devo fazer com aquilo que sei.
E quais as consequências do que sou, do que sei, e do que faço.
Se ainda não soubermos as respostas a essas quatro questões — nem as estamos procurando de modo racional — é provável que estejamos simplesmente desperdiçando nosso potencial infinito enquanto seres humanos. E suponho que isso também vale para nossos empreendimentos e demais atividades profissionais.


Só o que está morto não muda.


Meditar, estudar Filosofia, amar a Liberdade e ter muito tempo livre — são as quatro coisas fundamentais na vida de todo ser humano. Se não estudarmos um pouco de Filosofia, não seremos capazes de analisar corretamente as circunstâncias, nem de compreender a vida. Quem não ama a Liberdade jamais conhecerá o verdadeiro Amor. Se não tivermos tempo livre não criaremos nada significativo, nem teremos entusiasmo para mudar o mundo. E se não meditarmos com frequência, jamais explicaremos as razões de ser o que somos. Mas só meditar não basta. Não adianta ficar um século embaixo de uma árvore, na posição de Lótus. No máximo, você talvez crie raízes e vire um arbusto. É bom convidar Platão para um jantar romântico, ouvir o que Sêneca tem pra nos dizer, conversar um pouco com Aristóteles, tomar um vinho branco com Jesus, dançar com Vênus, visitar o velho Nietzsche, subir à torre de Montaigne — e assim por diante...


Eu dispenso a compreensão daqueles que não conseguem me compreender.


Não devemos ficar muito impressionados com uma ideia, só porque ela é nossa. Toda hipótese não passa de um pequeno passo no caminho do verdadeiro conhecimento. Temos que perguntar, sempre, por que uma determinada ideia nos agrada tanto. Temos obrigação intelectual de compará-la, imparcialmente, com as alternativas. É bom verificarmos se é possível encontrar razões que a invalidem. Aliás, essa verificação é fundamental. Porque, se não fizermos isso, outros certamente o farão — e nós poderemos ser inclusive ridicularizados. Nossa reputação intelectual pode ir para o ralo. O que nos deve interessar, portanto, antes de tudo, é a verdade, e não o nosso apego inabalável a certas conclusões que adoramos.


A fé move montanhas. A Razão, cordilheiras.


Charles Darwin demorou vinte anos para publicar A Origem das Espécies, por causa da esposa, que era religiosa e não aceitava a teoria da evolução. Charles então somatizou angústias, ficou triste, ficou doente. Quando enfim deixou de respeitar os preconceitos da esposa e publicou sua obra — sarou completamente. Moral da história: se você tiver que fazer algo que considera justo, verdadeiro e necessário, não espere autorização de ninguém. Vá e faça!


MAS NÃO COMETA O ERRO PRIMÁRIO DE SUPOR QUE ACERTA SEMPRE.


Quero te fazer umas perguntas, cujas respostas podem me dizer quem você é: Especialmente em questões subjetivas — tais como amor e religião, psicologia, liberdade, casamento e política — quando você não concorda com determinadas concepções alheias, também considera que a razão pode estar com o outro? Em certos debates, em certas discussões, você costuma ter abertura intelectual suficiente para eventualmente considerar que o ponto de vista contrário ao teu pode estar até mais próximo da verdade? Na vida, você já não defendeu valores, ideias e proposições que depois envelheceram, desesperadamente? Você já não teve tantas e tantas certezas absolutas que mais tarde foram fulminadas pelo tempo, pela experiência — e, principalmente, pelo estudo? Sobre certos assuntos, você já não mudou de ideia muitas e muitas vezes? E será que agora você nunca mais vai mudar? Será que você, neste exato momento da tua vida, já chegou a todas as conclusões possíveis?


A realidade é a soma do que existe e do que sonhamos.


Varrendo com elegância, eu aprendi a ter disciplina. Varrendo os cisquinhos, os papéis, as tampinhas de garrafa, todo dia, eu aprendi a ser zen. Eu só tinha nove ou dez anos, mas já varria com método, coreografando uma espécie de dança com a vassoura, meditando, desenhando na poeira certas coisas que combinassem com as irregularidades daquele chão inesquecível do armazém do meu pai. Varrendo, eu planejava a minha vida. Varrendo ciscos geométricos por sobre os cacos coloridos da cerâmica vermelha eu construía uma louca arquitetura de mistérios insondáveis. E então chegavam clientes querendo talvez meio quilo de açúcar. Ou duzentos gramas de mortadela. Às vezes um pão sovado. Não importava: em qualquer das hipóteses, antes de atendê-los, eu me transformava no Balconista do Olimpo — e os atendia sempre sorrindo. Ou seja, varrendo e vendendo, eu aprendi a perceber padrões. A interpretar as circunstâncias. Varrendo e vendendo, eu aprendi a ser cigano, a ler as mãos — e ver a Sorte.

Estou criando uma empresa-conceito chamada TEMPO — com base na minha ideia 234. Isto vai envolver a contratação de alguns dos cérebros mais brilhantes do Brasil para que executem os principais projetos.

Tudo que existe no mundo — existe duas vezes: primeiro, na cabeça do Criador. Toda mudança tem que antes ser sonhada. A realidade só se transforma de verdade, na prática, depois que transformou-se em teoria. Primeiro no cérebro — depois, no mundo. Sem sonho e sem loucura inteligente, nada de concreto se produz. Nem sorvete, nem avião, computador, arranha-céu. Nem igreja, nem poesia, nem romance. Os inventores, os poetas, os artistas, os cantores, são todos visionários. Einstein, Jesus Cristo, Picasso, Buda, Galileu, John Lennon, Neruda, Niemeyer: um bando de malucos. Se dependesse apenas dos normais, ainda andaríamos de carroça. Talvez nem mesmo de carroça, pois a roda foi criada por um louco... Sem fantasia e liberdade não se encanta o cotidiano. A imaginação descontrolada é que dá cor e vida ao mundo. Por isso é que a Loucura criativa é tão necessária, tão desejada — e ao mesmo tempo tão temida.
De que lado você está?

A PRODUÇÃO DE RESULTADOS NÃO DEPENDE DA ESPERANÇA.


Eu não busco aprovação alheia, nem quero aplausos fáceis. O apoio dos normais não me interessa. Eu quero apenas provocar intelectualmente as pessoas criativas, como suponho você é. No fundo, eu quero questionar todas as "verdades", e esmagar todas as convicções. Inclusive as tuas, mas principalmente as minhas. Para que possamos trocar experiências fascinantes — e talvez criar alguma coisa verdadeiramente nova.